"Navegar é preciso, viver não é preciso".



Fernando Pessoa descrevia sua percepção da essencialidade da vida, o criar. Doar sua obra para toda a humanidade, mesmo que acima da sua existência. Não quero dramatizar um trecho tão forte do poema homônimo a frase inicial, apenas referenciar que este é, apesar de tudo, um norteador para todas as ações artísticas, o ir.

Chegamos em terras cariocas, bem recebidos, com o calor e alegria tão característico deste pedacinho de Brasil. Sebastião com mais uma estreia, a abertura de uma curtíssima temporada cuja realização - como havia dito em outro post - estar na recepção e fruição do público. Um prazer, sim, um prazer realizar Sebastião, sempre um prazer, sabendo que ali estar além da construção cênica, histórias, uma obra, algo nosso para todos.




Ao sair de Salvador percebemos que a cada apresentação muitas coisas são doadas ao espetáculo e a equipe, todo carinho, critica e elogios são convertidos em energia, um alimento que impulsiona e diminui a distância de nossas metas. O longo caminho a ser trilhado por Sebastião, e que seja bem longo, sempre levará todas as transformações ocasionadas pela receptividade do público anterior.

Assim, enxergamos o público presente como uma continuidade do anterior, independente deste gostar mais ou menos, a final é sua forma de demonstrar, as reações, as perspectivas em que cada um lança seu olhar, é que transforma e contribui para o espetáculo.
Não houveram turbulência, um voo tranquilo, mas nem por isso estável, já que mudanças acontecem.
Daqui a pouco começa o workshop "Teatro físico - O Corpo como Meio Expressivo" e mais mudanças acontecerão.

Confiram abaixo a programação:

11 a 13/05 (10h às14h) - workshop "Teatro físico - O Corpo como Meio Expressivo", lista de selecionados no site.
11 a 13/05 (19h) - apresentação de Sebastião

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