Desde ontem voltei a priorizar a dramaturgia. Na última semana, meu foco foi a cena. Desenvolvi os primeiros momentos de Sebastião. E como ator, estou no fortalecimento das cenas, té o momento da chegança - que é como denomino o momento em que os envolvidos do saque se apresentam. A partir daí , voltei ao texto para definir, ações, características, falas, personagens envolvidos . Além de cortar, redefinir detalhes de textos falados e dos textos cênicos (ações, movimentos e gestos). Esta semana pretendo  me dedicar aos momento da descrição da queda, bem como aos acontecimentos do saque e adentrar na cena da euforia - que por sua vez, desemboca na cena com o delegado.

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Quanto ao texto, me parece que investe no humor e sedimenta personagens. E creio que ele pode crescer englobando acontecimentos jornalísticos e pesando no clima.  Já  se mistura tragicidade e humor negro, efetivamente contando casos verídicos de seqüestro, roubo, invasão, terror, colocar os presos para brigarem e encontrarem um modo de se unir. Penso que o filho de Deocleciano possa exercer essa função de congregação.
 
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Moacyr Gramacho trouxe uma proposta espacial que determina um modus operandi de jogo para o espetáculo. Ele pensou e sugestionou transformar Sebastião num jogador, estabelecendo o jogo como principio operante do espetáculo. Ele sugestionou que fizéssemos um trabalho com possibilidade de intromissão do público a qualquer momento. Acho isso complicado e perigoso. Mas creio que essa vertente de jogatina possa ser cada vez mais articulada nas ações, no texto, nas referências, estabelecer como o jogo (a possibilidade de ganhos e perdas) está imanente na vida cotidiana (nos concursos públicos, nas notas escolares, na concorrência por prêmios, na disputa de namoradas, na sorte da vida). A vida como uma roleta.

Pensei em algumas cenas de roleta russa. Em marcações de jogo como ludo. Como Jogo da vida, como banco imobiliário. Vou comprar jogos e ver de modo o cenário possa ser um tabuleiro.

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